Boga

 

Nome científico: Iberochondrostoma lusitanicum

Nomes comuns: Boga

Ordem: Cypriniformes

Família: Cyprinidae

Meio ambiente: Bento pelágico

Profundidade: 0 - 10m

Clima: Temperado

Temperatura: 10- 24°C

 

Morfologia

Espécie de pequenas dimensões, com corpo alongado moderadamente achatado apresentando um perfil ligeiramente convexo na região anterior. A boca é inferior e arqueada, sem barbilhos. A cabeça mais pequena, com olho maior relativamente à boga-portuguesa. Apresenta linha lateral completa, geralmente com 49 escamas e 11 fiadas transversais de escamas acima da linha lateral. Os bordos das barbatanas anais e dorsais ligeiramente convexos com sete raios ramificados. Corpo castanho claro com tons acinzentados na parte dorsal.


Tamanho máximo (cm) - 15


Época de reprodução

Janeiro-Abril


Habitat

Esta espécie encontra-se associada a zonas mais profundas e com maiores temperaturas de água, sendo mais frequente em zonas de corrente. Os adultos ocorrem principalmente em pêgos enquanto os juvenis em zonas de corrente. Existe uma relação entre o excesso de chuva com a abundância desta espécie.


Tamanho mínimo de captura - 10 cm

Período de pesca - 1 de Junho a 14 de Março


Localizações em Portugal

Centro e Sul, sendo a sua presença mais acentuada a Sul

 

 Nota:

Existem mais quatro espécies de bogas, uma delas foi também, recentemente descoberta, Chondrostoma aradensis da qual não existem fotos, enquanto as outras duas espécies Chondrostoma macrolepidotus e Chondrostoma arcasii são espécies que já estão identificadas. Em águas europeias, central e oriental existe em abundância a Chlondostroma Nasus que chega a atingir os dois quilos. Mas, segundo o estudo e últimas informações da Academy of Sciences California, esta espécie corre sérios riscos de extinção.


Boga-de-boca-recta


Nome científico: Chondrostoma polylepis

Nomes comuns: Boga-de-boca-recta

Ordem: Cypriniformes

Família: Cyprinidae

Meio ambiente: Bento pelágico

Profundidade: 0 - 10m

Clima: Temperado

Temperatura: 10- 24°C

 

Morfologia

A boga é uma espécie de tamanho médio, com corpo alongado e boca inferior. A boca é rectilínea sendo o lábio inferior grosso formando uma lâmina córnea bem desenvolvida. A barbatana dorsal é pequena. A barbatana anal tem nove raios ramificados. Dorso e flanco é verde-escuro e o ventre é branco-prateado.


Tamanho máximo (cm) – 33


Época de reprodução

Março-Julho


Habitat

A boga-de-boca-recta ocupa os troços médios dos tributários de maiores ordens e no rio principal, surgindo em zonas com corrente mas também em barragens. Existe uma associação entre a boga e zonas com elevada cobertura ripária.


Alimentação

Aparentemente esta espécie alimenta-se quase exclusivamente algas e detritos. Ocasionalmente ingere cladóceros, copépodes, quironomídeos, efemelídeos, hidropsiquídeos, baetídeos e ermicídeos. Em barragens alimenta-se de detritos e pequenas larvas.


Tamanho mínimo de captura - 10 cm

Período de pesca - 1 de Junho a 14 de Março


Localizações em Portugal

Rios Caima, Dão, Lis, Mondego, Sado, Sever, Sorraia, Sôr, Tejo, Vouga e Zêzere e Barragem da Aguieira, Castelo de Bode, Montargil, e Pêgo do Altar.


Boga-do-Douro

 

Nome científico: Chondrostoma duriensis

Nomes comuns: Boga

Ordem: Cypriniformes

Família: Cyprinidae

Meio ambiente: Bento pelágico

Profundidade: 0 - 10m

Clima: Temperado

Temperatura: 10- 24°C


Morfologia

Espécie de tamanho médio, com corpo alongado e esguio. A barbatana dorsal é pequena com perfil côncavo. A barbatana anal tem oito raios ramificados e perfil côncavo. A boca é inferior sendo a sua abertura retilínea, o lábio inferior grosso com lâmina córnea desenvolvida. Barbatana caudal pronunciadamente forqueada. Corpo pigmentado com pequenas manchas negras e muito evidentes.


Tamanho máximo (cm) - 34


Época de reprodução

Abril a Junho


Habitat

A boga vive nos troços médios dos rios nas zonas com corrente, mas também prolifera nas águas das barragens. Esta espécie ocorre em habitats de maiores profundidades, maiores velocidades de corrente excepto no Verão, onde ocorre em zonas de menor profundidade e com pouca corrente. Os juvenis preferem zonas com substrato fino (areia e vasa) e baixas velocidades de corrente enquanto os adultos ocorrem em zonas mais profundas e sem abrigo.


Alimentação

Pouco se sabe da alimentação desta espécie, mas alguns autores afirmam que se alimenta de algas, vegetação, invertebrados e detritos.


Tamanho mínimo de captura - 10 cm

Período de pesca - 1 de Junho a 14 de Março


Localizações em Portugal

 

Rios Âncora, Ave, Cávado, Côa, Corgo, Coura, Douro, Homem, Leça, Lima, Maçãs, Minho, Olo, Paiva, Sabor, Tâmega, Tua e nas barragens de Alto Lindoso, Andorinha, Caniçada, Carrapatelo, Crestuma Lever, Miranda do Douro, Ermal, Paradela, Régua e Touvedo

Autoria: Luís Manuel Lopes, 2017